Pedágio em Indaiatuba como ficou tão caro

O pedágio de Indaiatuba, quem não fica assustado quando chega na cidade e dá de cara com um pedágio tão caro, logo na entrada da cidade. O pedágio na Rodovia Engenheiro Ermênio de Oliveira Penteado (SP-075), que passa por Indaiatuba, é historicamente um dos mais caros da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e tem sido objeto de constantes reclamações da população daquela região.

O valor desse pedágio aumenta de acordo com a variação de um índice do IPCA, esse aumento é anual, e foi adotado na década de noventa, quando foi feito o contrato de concessão (baseado em índices de inflação como o IPCA e o IGP-M), os motivos estruturais para o alto custo e a insatisfação local geralmente giram em torno de três pontos principais:

1. Modelo de Concessão e Fórmula de Cálculo

O principal motivo para o alto custo é o modelo de concessão rodoviária do Estado de São Paulo. A tarifa é estabelecida em um contrato de longo prazo com a concessionária (no caso da SP-075, a Rodovias das Colinas/Colinas, parte do Grupo Arteris), e esse valor é calculado para cobrir possíveis investimentos que são colocados no contrato de concessão que podem incluir:

  • Investimentos e Obras: Obras de modernização, duplicação, construção de marginais, pontes e viadutos, conforme previsto no contrato de concessão.
  • Manutenção Contínua: Custos operacionais diários, como limpeza, socorro médico e mecânico (SAU), conservação do pavimento, sinalização e monitoramento da via.
  • Remuneração da Concessionária: O lucro da empresa, que investiu na rodovia.
  • Impostos e Taxas: O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) cobrado pelos municípios.

A fórmula que define a tarifa é complexa e balanceia a quilometragem da rodovia com o volume de investimentos obrigatórios. O alto valor sugere um alto custo previsto para os investimentos ou um volume de tráfego que requer uma tarifa mais elevada para garantir o retorno do investimento.

Aqui fica uma questão, nesse caso específico dessa rodovia, qual seria as outras possibilidades, para manter a rodovia e ter os investimentos necessários, mas sem onerar tanto quem acessa essa região onde está o pedágio. Sem dúvida o custo desse pedágio nesse local pode ser considerado desproporcional para os usuários, principalmente aqueles que acessam essa rodovia saindo da rodovia Bandeirantes (SP-348), para chegar em Indaiatuba.

2. Localização Estratégica e Cobrança na Porta da Cidade

A SP-075 é uma via de tráfego intenso que liga Campinas e o Aeroporto de Viracopos a cidades importantes como Indaiatuba, Salto e Itu. O problema é que a praça de pedágio em Indaiatuba (na altura do bairro de Helvetia) está posicionada de forma que penaliza o tráfego local:

Tráfego Interno: Muitos moradores de Indaiatuba que precisam se deslocar de um bairro para outro da cidade, ou ir a Campinas em um trecho curto, são obrigados a passar pela praça e pagar a tarifa cheia. Isso gera o sentimento de que o pedágio está separando a cidade ao meio.

Ausência de Rotas Alternativas Viáveis: Embora existam uma ou outra rota de fuga (desvios), elas geralmente sobrecarregam vias municipais e não oferecem a mesma segurança e fluidez da rodovia pedagiada.

3. Falta de Isenção para Moradores

A principal causa da insatisfação popular com esse pedágio é a ausência de um mecanismo de isenção para moradores que tenham seus veículos emplacados em Indaiatuba, situação essa, que levou a implementação de um sistema parecido com foi implementado o sistema Ponto a Ponto (Free Flow), que cobra apenas pelo trecho percorrido. Esse sistema que funciona apenas para veículos que tem seu emplacamento em Indaiatuba e que fizeram o cadastro no site da concessionária Colinas.

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